Dino vê aliados se sobressaindo, e pode se isolar se rejeitar PDT e DEM
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), está numa encruzilhada em que ele mesmo se meteu.
Derrotado no 1º turno da eleição para prefeito de São Luís – quando apoiou o também comunista Rubens Júnior -, ele escolheu Duarte Júnior (Republicanos) como tábua de salvação. Mas sabe que é praticamente impossível a missão de eleger um membro do partido dos filhos de Bolsonaro como se fosse seu tutelado.
Pra piorar, Dino ainda viu PDT e DEM ignorarem seu comando e aderirem a Eduardo Braide (Podemos) na capital, num movimento que repercutiu muito mal para sua imagem de bom articulador político.
Enquanto o comunista se enrola todo na capital do estado que governa, lideranças de esquerda do calibre de Guilherme Boulos (PSOL), bem posicionado em São Paulo, e Manuela d’Ávila, disputando o 2º turno em Porto Alegre, estão se destacando no debate nacional, empurrando o governador maranhense para trás na “fila” progressista para 2022.
Se cumprir o que anda prometendo aos mais próximos no Palácio dos Leões – de expulsar da base os partidos que não seguiram sua ordem de apoio a Duarte -, a situação fica ainda mais delicada.
Isolado na capital, Flávio Dino ficará ainda mais vulnerável sem o apoio do PDT e do DEM em Brasília, por exemplo.
E isso é péssimo para.seus planos nacionais.