“Mente doentia”, diz mulher de Bolsonaro sobre Márcio Jerry

“Meus Deus, que mente doentia”, disse Michelle ao comentar uma postagem de Zanatta sobre o caso.

A esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, saiu em defesa da deputada federal Júlia Zanatta, do PL de Santa Catarina, que criticou recente entrevista concedida pelo deputado federal Márcio Jerry, do PC do B do Maranhão, que reafirmou ser vítima em um imbróglio no qual o maranhense é acusado de assédio sexual contra a sua colega de Câmara.

“Meus Deus, que mente doentia”, disse Michelle ao comentar uma postagem de Zanatta sobre o caso.

Aliado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), Jerry foi acionado no Conselho de Ética da Casa pelo PL, que pediu a cassação do seu mandato após o episódio no qual ele se aproximou por trás de Júlia Zanatta, durante reunião da Comissão de Segurança Pública da Câmara.

O maranhense, ao ser acusado de assédio, reagiu em várias oportunidades; classificou o fato como fake news; e garantiu que representará a deputada federal na Justiça.

A procuradora da República, Raquel Branquinho Nascimento, coordenadora do grupo de trabalho Violência Política de Gênero, encaminhou uma representação ao procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitando que Márcio Jerry seja investigado por suposto crime de violência política de gênero praticado contra Júlia Zanatta.

Ela afirmou que o episódio se enquadra “na hipótese criminal do artigo 326-B do Código Eleitoral” e demanda oitivas com a vítima, testemunhas, além de análises das gravações do ocorrido.

A procuradora pede que a PGR adote as “providências cabíveis”.

O artigo citado por ela prevê reclusão de um a quatro anos, além de multa, por “assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo”.

“No caso, em se tratando o possível agressor de um parlamentar federal, o foro para apuração dos fatos e eventual persecução criminal é o Supremo Tribunal Federal, considerando preenchidos os requisitos da contemporaneidade do exercício do cargo público e conduta relacionada ao próprio mandato parlamentar”, segue o ofício encaminhado à PGR.

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