Em entrevista, Dr. Madeira afirma que São Luís precisa de mais gestão e menos politica
Na noite desta segunda-feira (09), o juiz federal José Carlos Madeira concedeu entrevista aos jornalistas Osvaldo Maia e Diego Emir, no programa Passando a Limpo, da rádio Nova FM. O convite para a conversa ao vivo surgiu após o anuncio do pedido de aposentadoria do juiz no início do mês de Dezembro.
Durante a entrevista de quase uma hora, foram abordados diversos temas de interesse púbico, mas o assunto mais esperado era exatamente a confirmação de Madeira, após estar aposentado, como pré candidato a prefeitura de São Luís. Por sua vez, Madeira confirmou que dia 11 de janeiro já deverá estar aposentado, e com isso, deverá iniciar uma caminhada rumo a uma pré candidatura a prefeito da capital.
Oswaldo Maia, apresentador do programa, ressaltou a trajetória de sucesso de Dr. Madeira na magistratura e também comentou seu histórico de vida, um homem filho de família humilde, que nasceu em um bairro de periferia (Bairro de Fátima), mas que através dos estudos conseguiu se sobressair e construir uma inspiradora história de vida, sempre com uma conduta ilibada e detentor de muito respeito em todas as camadas da sociedade, tanto na capital quanto nos diversos municípios onde trabalhou, tanto como juiz, como promotor, procurador e advogado.
Na mesma linha, o jornalista Diego Emir, chamou atenção para a quantidade de partidos que já entraram em contato com Dr. Madeira almejando sua filiação. Isso reflete um nome diferenciado dos demais e demostra que o nome de Madeira é sem dúvida um nome competitivo pois reúne qualidades que não são vistas na maioria dos candidatos que já se colocaram na disputa”, frisou.
Madeira explicou durante a entrevista que recebeu convite de vários partidos, mas que a decisão final sobre filiação, deverá acontecer apenas em janeiro, sobretudo pela sua condição de magistrado.
Olhar para São Luís
Perguntado por um ouvinte acerca de seu olhar para melhorar São Luís, caso seja eleito prefeito em 2020, Madeira foi enfático ao ressaltar que conhece as agruras de São Luís, não de ouvir falar, mas sim, na pratica, pois é oriundo de uma comunidade pobre, teve muitas dificuldades na vida, uma infância dura, filho de um alfaiate e uma empregada doméstica, e foi vendedor de frutas no estádio Nhozinho Santos e ajudante de pedreiro até antes de passar no vestibular, aos 18 anos, e isso tudo lhe confere a experiencia ter sentido na pele a luta do dia a dia dos menos favorecidos “Minha experiencia de vida é pratica, eu não conheço os problemas de São Luís apenas de ver em um jornal ou ler em uma rede social. Eu sei bem a falta que faz um gestor público que se importe de verdade com as pessoas, que olhe com um olhar sensível e trabalhe de forma comprometida para melhorar a vida das pessoas. Até hoje eu tenho uma rotina de visita nas comunidades, não só no Bairro de Fátima, onde nasci, mas também em áreas como o Itaqui Bacanga, a zona rural, a área da Cidade Operaria e Olímpica, o Coroadinho, e demais bairros, muitos outros onde tenho amigos espalhados”, pontuou Madeira.
Perguntado também sobre sua visão para o futuro de São Luís, Madeira disse que em sua opinião, São Luís teve um crescimento desordenado e sem planejamento, ou seja, a cidade inchou e ficou deformada. “Nossa cidade precisa de um planejamento estratégico para as próximas décadas, para que a cidade continue crescendo, mas com desenvolvimento, acessibilidade e com qualidade de vida para os moradores. São Luís precisa de mais gestão e menos política”, pontuou Madeira.
Ao final da entrevista, Madeira frisou que estará entrando na política, mas não quer ser mais do mesmo. “Não perderei meu DNA de magistrado, o senso de correção e justiça. Tenham certeza de que meu olhar será direcionado para o que é correto, honesto e o que é para o bem da população. Minha vida é marcada por preceitos, tenho um nome a zelar, um histórico de vida que me confere respeito e continuarei esta trajetória, em outra vertente, mas sempre com o compromisso de fazer o melhor, com verdade, dignidade e transparência”, finalizou.