• 8 de junho de 2021
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Médico afirma que Butantan mentiu sobre eficácia da Coronavac e pede revacinação

O médico Yglesio Moyses* trouxe dados alarmantes sobre a vacina Coronavac na manhã desta terça-feira (8). Em entrevista ao programa Ponto Final da Mirante AM, o parlamentar defendeu uma revacinação e afirmou que o Instituto Butantan mentiu sobre a eficácia da vacina. No dia 27 de maio este blog trouxe uma matéria sobre os questionamentos apresentados sobre a eficácia da Coronavac.

“Nos últimos dias a gente chegou a dados meio alarmantes mostrando que a CoronaVac, por exemplo, em pacientes acima de 70 anos, ela tem uma eficácia extremamente reduzida. Nos pacientes acima de 80 anos, ela praticamente não tem eficácia”, disse Yglésio.

O parlamentar diz que o Instituo Butantan mentiu ao afirmar que a vacina protege 100% contra óbito por covid-19. “Nós precisamos falar imediatamente em revacinação nesses pacientes. São cada vez mais crescentes os casos de pacientes, principalmente os mais idosos que tomaram duas doses e morreram de Covid. Portanto, um dado completamente diferente daquele que o Instituto Butantan disse, que a CoronaVac tinha uma proteção de 100% contra óbito, isso é uma falácia, uma grande mentira”, destacou o deputado.

Yglésio ressalta que em pacientes jovens a vacina é eficaz, mas os resultados no público idoso não são bons. “Ela é uma vacina que funciona em pacientes mais jovens sim, tem uma eficácia de 50 a 60 %, mas no idoso o resultado é muito ruim”, afirmou Yglésio Moyses.

Vacina Sputnik

O deputado também falou sobre a vacina russa, Sputnik V. Ele diz que não recomendaria a aplicação do imunizante para a população.

“Eu acho que é um imunizante que a gente não deve ofertar para a população. A Rússia, apenas 6% da população aceitou ser vacinado com a vacina de lá, com a Sputnik V. Dizem assim: – a vacina está aprovada em 66 países. Nós estamos falando do Butão, da Argélia, nós estamos falando da Argentina que tá em franco colapso com a covid-19. A Argentina só vacinou 6% da população”, disse o parlamentar.

Yglésio relata que o próprio instituto Gamaleya está tendo dificuldades para produzir as doses do imunizantes. “Estamos falando em uma vacina que o presidente Russo, Putin, disse que ia fornecer 700 milhões de doses para o mundo. Quantas foram vendidas até o momento? 15 milhões apenas. Que não é nada. Os próprios institutos russos estão tendo dificuldades de fazer a segunda dose. Eles conseguem produzir a primeira, mas não conseguem produzir a segunda porque é um adenovírus diferente. Então, não tem controle de qualidade da produção. Terceiro ponto Não permitiram o acesso aos estudos clínicos e a visita aos laboratórios do Instituto não permitiram o acesso aos estudos clínicos e a visita aos laboratórios do Instituto Gamaleya”, acrescentou.

O parlamentar diz que é estranho o posicionamento do instituo que produz a vacina, de proibir as agências reguladoras dos países que estão interessados em comprar o imunizante, de vistoriar o processo de fabricação da vacina.

“Você está em um restaurante. Você está com uma desconfiança com a qualidade da comida. Você pede para conhecer a cozinha. A maioria dos restaurantes vai permitir o acesso. Um instituto que produz vacina, imunizante, um produto que se espera que salve vidas. Você proíbe a agência do país que pode comprar 40 milhões de doses do imunizante de vistoriar, você proíbe. É como você esconder alguma coisa”, relatou Yglésio.

*Yglesio Moyses é médico do Hospital Universitário da UFMA, doutor em Fisiopatologia Experimental. Especialista em cirurgia geral.

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