• 17 de março de 2023
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Suspeito de manter menina de 12 anos em cárcere privado é solto; Eduardo da Silva vai usar tornozeleira eletrônica

A Justiça do Maranhão decidiu, nesta quinta-feira (16), soltar Eduardo da Silva Noronha, de 25 anos, suspeito de trancar uma menina de 12 anos em uma quitinete após levá-la do Rio de Janeiro ao Maranhão.

Eduardo é investigado por sequestro, cárcere privado e estupro de vulnerável em São Luís. O suspeito foi posto em liberdade provisória após audiência de custódia, e vai ser monitorado por tornozeleira eletrônica, segundo a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap). A decisão é da juíza Maria da Conceição Privado Rego.

O açougueiro aliciava a adolescente em conversas pela internet há dois anos e levou a menina do Rio de Janeiro até São Luís, onde ele mora, em um carro de corridas por aplicativo. A polícia investiga se a corrida foi combinada por fora. A menina conseguiu enviar uma mensagem para irmã e isso foi um dos indícios que ajudaram a polícia a localizá-la. A garota desapareceu no dia 6 e foi encontrada na terça-feira (14), no bairro Divinéia, na periferia de São Luís.

Vítima chegou ao Rio

A menina de 12 anos que foi levada do Rio de Janeiro para o Maranhão desembarcou no Aeroporto do Galeão no final da tarde desta quinta-feira (16). Ela estava com a irmã Marcela e uma agente que acompanhou a família na volta à capital fluminense.

Do aeroporto, a menina seguiu para o Instituto Médico Legal (IML) para passar por um novo exame de corpo de delito. Após, a criança foi levada para a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), juntamente com a irmã, para ser ouvida sobre o seu desaparecimento.

A delegada Elen Souto, da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), que investiga o caso desde o início, acompanhou a oitiva. A criança já foi ouvida no Maranhão, onde o inquérito que apura sequestro, cárcere privado e estupro de vulnerável — por se tratar de menor de 14 anos —, foi aberto.

Sequestro e monitoramento

O suspeito ficou com o celular da vítima durante o sequestro e entregou à adolescente um novo aparelho, com um aplicativo espião. O delegado Marconi Matos, que prendeu o suspeito na capital maranhense, disse no programa Encontro, nesta quinta-feira (16), que isso fazia parte de um plano para controlar a garota.

“A tudo o que ela falava e com quem ela falava ele tinha acesso no outro aparelho. Ela sentia aquela dificuldade em conversar”, disse o delegado. Nesse celular que ele deu a ela havia ainda uma espécie de aplicativo espião, pelo qual ele monitorava tudo o que ela fazia.

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